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Câncer de Roberto Leal era raro e difícil de ser diagnosticado
16 de Setembro de 2019
R7
Na madrugada deste domingo (15), o cantor português Roberto Leal faleceu de insuficiência renal em decorrência de complicações relacionadas ao tratamento para o câncer no olho que já enfrentava há dois anos.
No ambulatório de melanoma do Hospital das Clínicas em São Paulo, o médico responsável pelo departamento Caio Lamunier conta que recebe apenas um caso por ano de melanoma ocular, nome científico dado ao tipo de câncer que acometeu Roberto Leal. Melanoma é como se chama câncer de pele, que pode se originar em qualquer lugar do corpo, inclusive no olho, como foi o caso do cantor.
"A principal causa é genética, mas a abaixa imunidade e exposiação solar excessiva também contribuem", explica Lamunier. "Geralmente nos previnimos do câncer de pele com protetor solar e chapéus. Mas esquecemos que os olhos também sofrem com a exposição solar. Daí a importância dos óculos de sol"
Uma doença silenciosa
"O problema do melanoma é que geralmente é assintomático, o que dificulta o diagnóstico precoce", explica Caio Lamunier, Especialista em melanoma pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). "Na pele, o câncer geralmente aparece no formato de pintas assimétricas, de bordas irregulares e rápida evolução. O problema é que quando está localizado nos olhos, só poderá ser visto com um exame de fundo de olho feio pelo oftalmologista."
Diagnóstico precoce é crucial para cura
Segundo o profissonal especialista, é justamente o caráter silencioso da doença que atrasa seu diagnóstico. Quando o melanoma ocular já está mais avançado é que o paciente percebe sintomas como perda de campo visual e movimento dos olhos diferentes entre si. "O melanoma diagnosticado precocemente tem mais de 90% de cura. Quando se espalha na forma de metástase, a sobrevida do paciente gira em torno de cinco anos."
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