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Sarampo: crianças que forem para municípios em situação de risco devem ser vacinadas
06 de Agosto de 2019
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde alerta aos pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a menores de um ano de idade para municípios em situação de surto ativo do sarampo no país (lista abaixo). A recomendação é que todas essas crianças, nesta faixa etária, sejam vacinadas contra a doença, no período mínimo de 15 dias, antes da data prevista para a viagem. Além de proteger, a medida de segurança pretende interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país. Atualmente, 39 cidades em três estados brasileiros se mantém com surto ativo, ou seja, com crescimento do número de casos confirmados da doença. São eles: São Paulo, Pará e Rio de Janeiro.
A chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade; e aos 15 meses para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela. É importante destacar que a vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente do planejamento de viagens para os locais com surto ativo do sarampo ou não. É importante ressaltar ainda que toda pessoa, de um ano a 49 anos de idade, deve ter duas doses da vacina contra o sarampo para ficar protegido contra a doença.
Para interromper a cadeia de circulação do vírus do sarampo, o Ministério da Saúde em parceria com os Estados e Municípios estão realizando diversas ações, entre elas, o bloqueio vacinal seletivo e ações de rotina de vacinação; e campanhas de vacinação para a população de 15 a 29 anos de idade, esta última, em alguns municípios.
A recomendação do Ministério da Saúde em vacinar as crianças de seis meses a menores de um ano de idade, que irão se deslocar para municípios que apresentam surto ativo de sarampo, deve ser mantida até 90 dias após o último caso confirmado de sarampo. O ministério informará aos estados oportunamente o momento em que a vacinação de crianças menores de um ano de idade deverá ser descontinuada.
Cabe aos estados divulgar amplamente a orientação para os serviços de saúde a fim de oferecer proteção oportuna para a população, especialmente as crianças menores de um ano de idade. Além de garantir a vacinação de rotina às crianças já residentes nas localidades de surto ativo de sarampo.
PANORAMA SARAMPO
O Ministério da Saúde registrou, entre os dias 5 de maio a 3 de agosto de 2019, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,4 por 100.000 habitantes.
O país vinha de um histórico de não registrar casos autóctones desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Brasil perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, empreende todos os esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o sarampo. Manter altas e homogêneas coberturas vacinais na população é a única forma de evitar a transmissão da doença.
A pasta também tem atuado ativamente junto aos estados e municípios no enfrentamento do surto de sarampo desde dezembro de 2017, quando o Brasil foi notificado do surto na Venezuela. Para isso, manteve equipes técnicas e treinadas nos estados com transmissão da doença para acompanhar as ações e prestar orientação no enfrentamento do sarampo.
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