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Vacina contra Covid evitou até 600 mortes por dia entre fevereiro e outubro de 2021, diz estudo
09 de Junho de 2022
R7
Somente nos primeiros quatro meses da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, entre fevereiro e junho de 2021, foram evitadas 500 mortes por dia. O número aumentou para 600 ao longo dos quatro meses seguintes, mesmo com a imunização escalonada por idade. As conclusões estão em levantamento apresentado nesta quarta-feira (8) em estudo sobre o impacto socioeconômico das vacinas durante a pandemia de Covid-19, apresentado pelo economista Gesner Oliveira, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O trabalho foi feito por encomenda da Pfizer Brasil e revela que a vacinação foi o melhor investimento durante a pandemia. "A vacina concilia objetivos sanitários e econômicos de curto prazo mas também de longo prazo, como os impactos vistos no sistema de saúde e no sistema educacional", afirmou o economista.
A pediatra Isabella Balallai, da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), que também participou do evento da Pfizer no Rio, lembrou que embora a cobertura vacinal contra a Covid-19 esteja em 80% - um porcentual considerado alto -, ela está abaixo do esperado no caso da prevenção do sarampo e da pólio, por exemplo. "Outras vacinas devem também ser nossa prioridade ou teremos um retrocesso inimaginável", disse a médica.
Segundo o estudo, além de evitar as mortes, os R$ 22 bilhões investidos pelo país em vacinas contra a Covid-19 em 2021 geraram um impacto positivo de R$ 200 bilhões no PIB (Produto Interno Bruto). Ou seja, para cada real investido em vacina gerou-se um impacto positivo de R$ 9.
"A vacina é uma das melhores ferramentas de política econômica", afirma Gesner Oliveira. "Das várias medidas para combater a pandemia, a maioria delas afetava diretamente a economia, como os lockdowns. Eram objetivos que nem sempre conseguíamos conciliar no curto prazo: economia e saúde. O lockdown reduzia a disseminação do vírus, mas provocava uma piora no desemprego. Mas se não houvesse lockdown, a pandemia se agravaria ainda mais. Esse não é o caso da vacina. A vacina combate a pandemia, estimulando a economia, ao restabelecer a circulação das pessoas."
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