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Brasil convive com repetidos surtos de vírus sincicial respiratório, que põe bebês em risco

16 de Janeiro de 2023



R7

Um velho conhecido dos médicos pediatras tem sido objeto de preocupação desde o afrouxamento das medidas restritivas impostas pela pandemia de Covid-19: o VSR (vírus sincicial respiratório), que afeta crianças e pode causar doença grave especialmente em bebês.

No ano passado, o Brasil teve pelo menos dois picos de infecções, um no primeiro semestre e o outro no segundo. Entretanto, 2022 terminou com um novo sinal de aumento.

O boletim InfoGripe, um monitoramento periódico feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), mostrava que o VSR representava apenas 0,5% das internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) no mês de novembro e começo de dezembro.

Já no período entre 11 de dezembro e 7 de janeiro, a prevalência de VSR entre os internados por complicações respiratórias saltou para 12,6%, sendo as principais vítimas pacientes até 4 anos.

A Secretaria de Estado da Saúde informou ao R7 que, nas últimas quatro semanas, os dois hospitais infantis de referência — Darcy Vargas e Cândido Fontoura — "registraram aumento de cerca de 20% nos atendimentos para o vírus sincicial respiratório".

Ainda de acordo com a pasta, não houve até o momento lotação dos leitos de enfermaria e UTI pediátrica disponíveis na rede do SUS no estado.

Na rede privada da capital paulista, o Hospital Infantil Sabará chegou a ter quatro casos positivos para cada dez testes rápidos de VSR realizados, entre 10 e 16 de dezembro. Esse percentual caiu na última semana de 2022, mas teve um ligeiro aumento nos primeiros sete dias deste ano, atingindo 18%.

A infectologista Juliana V. S. Framil, do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Infantil Sabará, ressalta que esse percentual pode ter a ver com a época do ano.

"Na primeira semana de janeiro, a procura dos pacientes com sintomas respiratórios diminuiu, mas muito provavelmente essa redução reflete a baixa procura pelo hospital por causa do período das festas de fim de ano — a população, em sua maioria, viaja e evita procurar o hospital, exceto diante de sintomas mais graves" conta.

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