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Luta contra Hepatites Virais: Ministério da Saúde lança campanha de conscientização e novo boletim epidemiológico

29 de Julho de 2022


Governo Federal

Para marcar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde lançou, em Brasília/DF, a campanha nacional de prevenção e conscientização contra a doença e atualizou os dados na nova edição do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2022.

O boletim, que consolida as notificações das hepatites A, B, C e D, tem o objetivo de contribuir para as tomadas de decisões e definições de estratégias de enfrentamento em todo o País.

De 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.175 (23,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) aos de hepatite D. Os óbitos por hepatite C são a maior causa de morte entre as hepatites virais. De 2000 a 2020, foram identificados 62.611 óbitos associados à hepatite C (76,2% do total de óbitos por hepatites virais). Em todos os casos, as notificações de casos representaram queda nos últimos anos. A Hepatite A, por exemplo, apresentou redução de 95,6% entre 2011 e 2021.

Existem maneiras efetivas de diagnosticar precocemente e tratar com antivirais, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. "Hepatite C é causa de hepatocarcinoma, de necessidade transplante e é causa de óbitos. Por meio do SUS, é possível reduzir esse importante problema de saúde pública", afirmou.

As hepatites B e C são as principais causas de doença hepática crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (câncer). Dessa forma, a carga de doenças resultante das hepatites virais representa uma questão importante para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A maioria dos casos não apresenta sintomas até que a doença esteja em estágio mais avançado, o que pode levar décadas para acontecer. O SUS disponibiliza amplamente os testes rápidos para hepatite B, que, por meio de uma gota de sangue, conseguem identificar a presença da infecção. Ainda não há medicamentos capazes de curar a infecção pelo vírus da hepatite B, mas os fármacos atualmente disponíveis corroboram para o controle da carga viral e da evolução da doença.

Durante o evento, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, lembrou que o Brasil é signatário da estratégia global para a eliminação das hepatites virais como um problema de saúde pública até 2030. "Ao longo de 20 anos, vários desafios foram superados, especialmente acerca das tecnologias, tanto para o diagnóstico, como fortalecimento da rede de assistência e dos fármacos, que possibilitam maior qualidade de vida aos pacientes", explicou.

 

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