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Revista aborda a persistência da sífilis como desafio para a saúde pública no Brasi

20 de Maio de 2022


Minitério da Saúde

A edição de maio da revista Cadernos de Saúde Pública tem como tema principal a persistência da sífilis como desafio para a saúde pública no país. “No Brasil, é inequívoca a persistência da sífilis como problema de saúde pública, diante da limitação de acesso a diagnóstico e tratamento adequados na rede de atenção do SUS. O desafio se amplia no atual momento político-institucional pelas mudanças desestruturantes da atenção primária à saúde mediante novas modalidades de financiamento do SUS”. Para o editor associado da publicação, Alberto Novaes Ramos Jr., alcançar o controle da sífilis no Brasil requer seguir firme nos caminhos para fortalecer o SUS.

De acordo com editorial da revista, esse novo modelo tem sido aprofundado desde a promulgação da emenda constitucional nº 95 em 2016, que limitou por 20 anos gastos públicos em contexto de crises sem precedentes e de austeridade. “Abre-se, portanto, espaço para desconstrução da universalidade no SUS gerando, além da limitação de acesso, ampliação de desigualdades, com impactos no controle da sífilis”.

Segundo texto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que, apesar dos avanços da prevenção e tratamento no escopo da estratégia global do setor saúde para HIV, hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) para 2016-2021, persistiram críticos problemas (mesmo antes da pandemia por Covid-19) que podem comprometer o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030. Um dos grandes desafios para alcance do controle tem sido implementar ações de atenção à saúde integradas à vigilância e controle, com garantia de acesso a diagnóstico, tratamento e monitoramento na atenção primária à saúde (APS).

Dados do Ministério da Saúde de 2012-2018 indicam variação na taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100 mil habitantes), de 14,4 para 74,4, e em gestantes, de 5,7 para 21,5, assim como na taxa de incidência de sífilis congênita (por mil nascidos vivos), de 4,0 para 9,0. Esse aumento está associado a fatores como acesso a testagem rápida, além de desinformação, menos utilização de preservativos, redução da utilização da penicilina benzatina na APS e desabastecimento do fármaco. A limitação de acesso ao insumo farmacêutico ativo da penicilina tem trazido grandes desafios.

Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.


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