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Dose de reforço é comum na vacinação; entenda em quais casos, além da Covid-19, ela é necessária

16 de Fevereiro de 2022



R7

Desde que a vacinação contra a Covid-19 se tornou uma realidade no combate à pandemia, a discussão sobre a necessidade de doses de reforço tem levantado dúvidas acerca da eficácia dos imunizantes ou da real proteção que eles oferecem.

Ao R7, Flávia Bravo, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), explica que doses de reforço e mudanças nos esquemas vacinais são comuns, sobretudo para vacinas que estão sendo utilizadas pela primeira vez, como no caso das que protegem contra a doença causada pelo coronavírus.

“Essa revisão da recomendação de esquema vacinal e da introdução de dose de reforço não é nenhuma novidade e é uma responsabilidade das autoridades de saúde. As informações sobre duração e comportamento da proteção nos diversos grupos, assim como com outras vacinas, são coisas que se veem com o tempo. Estamos falando de uma doença nova, não da catapora, da qual existem relatos desde o Egito antigo”, afirma a especialista.

Ela destaca que, apesar de as vacinas anti-Covid serem novas, as tecnologias usadas para desenvolvê-las já eram utilizadas e são conhecidas pela ciência. Além disso, os imunizantes autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) passaram por todas as fases de estudo necessárias e obrigatórias antes de ser liberados para aplicação.

“Às vezes o argumento [de quem desacredita as vacinas] é que elas foram desenvolvidas muito rápido. Mas, quando se tem um esforço internacional conjunto e muito dinheiro que financie esse esforço gigantesco, é claro que é possível acelerar. Tudo é como uma obra. Se você tem muito [dinheiro] e coloca cem pedreiros para trabalhar, constrói uma casinha em muito menos tempo do que se você está trabalhando com um ou dois pedreiros”, avalia a médica.

Outras vacinas que também precisam de reforço

Ao longo da história da vacinação, não foram raros os casos em que houve acréscimo de doses de reforço ao esquema vacinal para conferir uma imunização prolongada. Flávia Bravo lembra que a vacina que protege contra a catapora, ou varicela, por exemplo, foi inicialmente implementada como de dose única.

“Foi observado [após a aplicação na população] que uma dose poderia impedir a doença grave, mas não impedia a doença ainda que leve, então a segunda dose foi introduzida. Em situação de surto, quando as pessoas que convivem com a que está com catapora se vacinaram há muito tempo, também há que considerar uma outra dose para dar uma levantada na proteção, porque é uma doença muito infecciosa”, explica.

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