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Brasil também vive pico de outros vírus respiratórios. Saiba mais
08 de Janeiro de 2022
R7
A explosão de novos casos de Covid-19 — provocados pela variante Ômicron do coronavírus – e de gripe – pelo H3N2 cepa Darwin — em boa parte do Brasil vem acompanhada do aumento da circulação de outros vírus respiratórios.
O professor e médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Botucatu, explica que depois do SARS-CoV-2 e do influenza, os agentes etiológicos que mais têm aparecido nos painéis virais de indivíduos com síndrome gripal são o adenovírus e o rinovírus (que possui mais de cem subtipos), causadores de resfriado comum.
"Já fazia um tempo que esses vírus não circulavam e agora estão muito mais transmissíveis em um ambiente de pessoas que não tiveram contato com eles, que não têm imunidade contra o vírus da influenza ou de resfriado. Quando você fica muito tempo sem contato — isso acaba acontecendo — fica mais suscetível. E a variante Ômicron tem a questão que a gente sabe de maior transmissibilidade."
O médico Estevão Urbano, da Sociedade Mineira de Infectologia, acrescenta que "é possível que durante o período de isolamento as pessoas não se expuseram aos vírus de resfriado".
"A imunidade natural é pequena. Não tem um número certo de tempo. [Dura] meses, no máximo, um ano."
Todavia, o especialista ressalta que com a volta à vida normal, a tendência é que a imunidade contra os vírus mais comuns também retorne, assim como a frequência dos casos, "mas não na quantidade que estamos vendo agora".
O apagão de dados do Ministério da Saúde sobre casos de Covid-19, que já dura quase um mês, impossibilita saber a dimensão do cenário atual. O Brasil tampouco tem dados epidemiológicos recentes de síndrome gripal causada por outros vírus.
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