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MSD pede à Anvisa autorização para uso de pílula anti-Covid

26 de Novembro de 2021



R7

A farmacêutica MSD apresentou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), na manhã desta sexta-feira (26), pedido de uso emergencial do antiviral contra Covid-19 molunupiravir. A Anvisa é a quinta agência reguladora no mundo a receber a solicitação. "Isso mostra claramente o compromisso da MSD com o Brasil e reforça a relevância do país para a companhia", diz a farmacêutica em nota.

A droga atua prevenindo a replicação viral do SARS-CoV-2 e protege, inclusive, contra variantes como a Delta, Gama e Mu.

“As vacinas continuam sendo essenciais no controle da Covid-19 e a disponibilização de tratamentos antivirais será uma forte aliada no combate à pandemia para reduzir as complicações pela doença”, afirma Hugo Nisenbom, presidente da MSD no Brasil, em comunicado à imprensa.

A Anvisa ainda não se pronunciou sobre o prazo da análise do medicamento. Em estudos, o molnupiravir conseguiu reduzir significativamente o risco de internações e mortes por Covid-19.

O tratamento com o molnupiravir, cujo nome comercial é Lagevrio, deve ser iniciado em até cinco dias após o começo dos sintomas. As cápsulas são tomadas duas vezes ao dia durante cinco dias.

No Reino Unido, primeiro a aprovar o molnupiravir, o antiviral está restrito a pacientes infectados que apresentem quadro leve ou moderado e que tenham pelo menos um fator de risco para desenvolver doença grave. A MSD anunciou no fim de outubro que não irá cobrar taxa de patente para 105 países, o que vai baratear a produção global do medicamento.

No Brasil, a Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) conduz os estudos de fase três do antiviral, que acontecem desde o começo de outubro, simultaneamente, em sete centros no Brasil. A coordenação é dos pesquisadores Julio Croda e Margareth Dalcolmo. A fundação e o laboratório negociam para que o molnupiravir seja produzido aqui. Caso o acordo seja bem-sucedido, a ideia é fabricá-lo em Farmanguinhos, no Rio de Janeiro, para uso no SUS.

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