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Novembro Azul: pandemia afasta homens dos exames preventivos

08 de Novembro de 2021


R7

Os exames preventivos incentivados pelo Novembro Azul são essenciais para que o câncer de próstata seja diagnosticado precocemente e, assim, haver a possibilidade de cura. Acontece que o sucesso da campanha, que vinha desconstruindo os estigmas acerca da doença e dos procedimentos diagnósticos, esbarrou na pandemia de Covid-19, que afastou os homens do consultório e dos cuidados com a saúde.

Um levantamento realizado pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) revelou que o número de cirurgias no SUS para retirada da próstata em decorrência de câncer caiu 21,5% ano passado. Os exames também foram impactados: o PSA (antígeno prostático específico) teve redução de 27% e o de biópsia da próstata, 21%. O número de homens que buscaram um urologista no ano passado foi 33% menor na comparação com 2019.

Para o urologista Rodrigo Luiz Quarteiro, membro da SBU e especialista em urologia oncológica pelo Hospital do Câncer de Barretos, as consequências do impacto da pandemia na forma como os homens lidam com a saúde são “terríveis” e serão sentidas a longo prazo.

“Foi difícil engatar o Novembro Azul por causa do preconceito por parte do homem, mas estávamos indo bem e a pandemia quebrou esse ritmo. Então aquele homem que já estava acostumado a fazer os exames todo ano, deixou de ir. Quanto mais tardio o diagnóstico, mais difícil a cura, porque se fosse algo que só a cirurgia resolveria, com a demora o paciente vai precisar passar por uma radioterapia ou uma quimioterapia”, ressalta.

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