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Expectativa de vida: por que as mulheres vivem mais do que os homens?

06 de Fevereiro de 2019



G1

Não importa em qual país você está, as mulheres vivem mais do que os homens. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2016, a média das expectativas de vida ao nascer da população mundial era de 74 anos para mulheres e de 69 anos para homens.

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao nascer, em 2019, é de 80 anos para mulheres e de 73 anos para homens. Segundo a projeção do IBGE para 2018, com base nos dados do Censo de 2010, até o ano passado, 0,12% da população era formada por homens com 90 anos ou mais, enquanto esse percentual era de 0,24% da população para mulheres com 90 anos ou mais. Mas afinal, porque existe essa diferença? Há três principais razões, segundo a ciência.

 

1. Genética

 Uma das principais hipóteses para essa diferença é a questão genética. "Os embriões masculinos morrem em um ritmo maior que os embriões femininos", explica o professor David Gems, do University College London. Isso é resultado do papel que desempenham os cromossomos que determinam o sexo. As mulheres têm cromossomos XX e os homens têm cromossomos XY. Os cromossomos X contêm muitos genes que ajudam a prolongar a vida. "Se você tem um defeito genético no cromossomo X e é uma mulher, tem uma 'cópia de segurança'. Mas se é um homem, não tem essa cópia", explica o geneticista David Gems ao programa Crowd Science, da BBC. "Os bebês do sexo masculino têm entre 20% e 30% mais probabilidade de morrer na última etapa da gravidez. Também têm 14% mais chances de nascer prematuramente. Eles tendem a ser maiores e sofrem um maior risco de lesões durante o parto", explica Lorna Harries, professora da Universidade Exeter, no Reino Unido. Um exemplo de como os cromossomos X afetam outras espécies: ao contrário dos humanos, as aves machos têm duas cópias do cromossomo X e costumam viver mais do que as fêmeas.

 

2. Hormônios 

Durante a adolescência, as crianças passam pela puberdade (o amadurecimento sexual) por causa das mudanças na produção de hormônios. O estrogênio, o hormônio sexual feminino, atua como "antioxidante" no corpo, impedindo o envelhecimento das células. Em experimentos com animais, as fêmeas que têm falta de estrogênio tendem a não viver tanto quanto as que mantêm os níveis de hormônio sexual feminino. O estrogênio também facilita a eliminação do colesterol ruim, e portanto pode oferecer certa proteção contra doenças do coração. Nos homens, é maior a produção de testosterona, que faz com que o corpo seja maior - e é responsável por características como a voz mais grave e o corpo mais peludo.

 

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