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Ministério da Saúde suspende uso da vacina de Oxford em grávidas

12 de Maio de 2021



R7

O ministério da Saúde suspendeu nesta terça-feira (11) a imunização de gestantes e puérperas com a vacina da Oxford/FioCruz, para investigação de possíveis eventos adversos nestas mulheres após a aplicação das doses. A pasta também orientou que a vacinação de pessoas neste grupo que não tenham comorbidades também seja suspensa, independentemente da vacina a ser aplicada.

Para gestantes e puérperas com comorbidades, a vacinação com as doses da Coronavac e da Pfizer deve ser mantida. Os especialistas que participaram da coletiva de imprensa para o anúncio, porém, enfatizaram que o risco da covid-19 é muito maior do que o de eventos adversos com a vacina da Oxford. 

Segundo a coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunização), Franciele Francinato, enquanto a proporção de ocorrências de trombose e AVC após a aplicação da vacina está em 1 caso a cada 100 mil, o número de óbitos em grávidas pela covid-19 é de 20 por 100 mil. O anúncio da suspensão ocorreu após a notificação da morte de uma mulher grávida, no Rio de Janeiro, poucos dias depois de se vacinar com as doses da Oxford. Por este motivo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também pediu pela suspensão da vacina em gestantes. 

"É uma cautela que o Programa Nacional de Imunizações têm até o fechamento do caso. Podem ocorrer eventos adversos raros que não foram identificados no estudos de fase 3. Mas já foi descrito e é um evento extremamente raro. É importante que se vacine porque o risco de óbito por covid é muito maior", explicou a coordenadora.

A morte da mulher de 35 anos ainda está sob investigação das autoridades sanitárias, para definir se as complicações têm relação com o produto. Nas horas seguintes à morte da gestante no Rio e a orientação da Anvisa, mais de vinte e um estados do Brasil já tinham suspendido a vacinação do grupo com doses da Oxford.

A vacinação de gestantes não está prevista na bula do imunizante da AstraZeneca, mas o Ministério da Saúde decidiu incluir o grupo entre as prioridades para imunização devido ao número elevado de mortes de gestantes nos últimos meses.

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