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Paciente com coronavírus pode infectar até três pessoas
27 de Janeiro de 2020
R7
O novo coronavírus, que tem alertado autoridades em todo o mundo, já fez 81 mortes na China e soma aproximadamente 3 mil casos suspeitos espalhados por 13 países. Dentre os mortos pelo vírus está um médico aposentado de 62 anos, que foi convocado pelo governo chinês para auxiliar no tratamento da doença. Autoridades ainda estão investigando se a causa do óbito foi o próprio vírus ou exaustão devido ao plantão de emergência. Cientistas têm atribuído o crescimento exponencial de ocorrências ao fato de a contaminação ser possível antes mesmo dos pacientes apresentarem os sintomas. Assim, a pessoa infectada não sabe que está com a doença, que é transmissível entre humanos, como uma pneumonia.
Transmissão do coronavírus
Pesquisadores de Londres, no Reino Unido, divulgaram um relatório no último sábado (25) em que estimam que cada pessoa infectada com o coronavírus pode transmiti-lo para até três outros indivíduos. Ainda preliminar, o resultado foi calculado com base em potenciais epidemias registradas e pode ser um guia para entender melhor a doença. Segundo os estudiosos, é necessário bloquear, no mínimo, 60% das transmissões do novo coronavírus para combater a doença. Caso contrário, o número de mortes continuará aumentando. Acredita-se que o contágio por coronavírus teve início na ingestão de animais contaminados no município de Wuhan, na China. Entre eles, estão frutos do mar, cobras e até morcegos. Até o momento a causa oficial da doença ainda não foi definida. Com a chance do vírus ser transmitido antes mesmo do surgimento de sintomas (que podem levar até 14 dias para se manifestarem após a infecção) e com a falta de definição sobre sua origem, a dificuldade de parar o surto de coronavírus é ainda maior.
Combate ao coronavírus
O novo coronavírus, nomeado cientificamente como 2019-nCoV, é uma espécie de vírus altamente letal e que causa um tipo grave de pneumonia viral. Os principais sintomas são febre, tosse, falta de ar, dor no peito e dificuldade para respirar. Na Rússia e nos Estados Unidos, pesquisadores têm trabalhado para desenvolver vacinas contra o patógeno. As imunizações ainda estão em testes e até o momento não têm previsão para comercialização ao público. A província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan (onde os primeiros casos foram registrados), está em quarentena. Grandes eventos, transporte público e viagens estão suspensos. Além disso, em toda China, a venda de animais silvestres foi proibida em mercados, restaurantes e pela internet.
Medidas no Brasil
O Ministério de Saúde elaborou um Centro de Operações de Emergência (COE) - Novo Coronavírus, a fim de evitar possíveis casos no Brasil. Este comitê tem monitorado prováveis ocorrências do vírus em território brasileiro junto à Organização Mundial da Saúde (OMS). Laboratórios e postos de saúde receberam orientações para testes e identificação da doença. Em aeroportos e fronteiras, agentes têm sido orientados para notificação imediata de possíveis casos, e ações de limpeza e desinfecção são feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesses pontos de entrada do país.
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