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Pesquisadores se unem para melhoria do tratamento de chikungunya
15 de Janeiro de 2020
Saude.gov
Pesquisadores e autoridades em saúde pública, inclusive do Ministério da Saúde, se reuniram nesta semana para compartilhar e aprofundar os conhecimentos sobre a ocorrência da doença chikungunya no Brasil. A reunião ocorreu durante o Encontro de Investigadores da Rede de Pesquisa Clínica Aplicada a Chikungunya (Replick), promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 8, 9 e 10 de janeiro. O objetivo foi prover evidências de qualidade para guiar estratégias e políticas de atenção à saúde para a doença em todo território nacional.
A infecção pelo chikungunya, um dos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, impõe muitos desafios ao sistema de saúde, como a sobrecarga dos serviços de saúde. Essa é uma doença relativamente nova já que os primeiros casos no país foram registrados em 2014. A doença apresenta elevado número de pacientes com dor persistente e incapacitantes nas articulações e pouco conhecimento dos fatores relacionados ao óbito. Por isso, o foco do encontro foi apresentar os avanços no conhecimento sobre o tema e as propostas para melhor a condução e o tratamento dos casos, com a perspectiva de reduzir o sofrimento da população afetada.
"Nessa gestão temos buscado investir em projetos de pesquisa estruturantes e inovadores para a saúde do Brasil. Em 2019, o Ministério da Saúde fez o maior investimento em pesquisas para doenças negligenciadas. A Rede Replick também faz parte dessas iniciativas e tem por objetivos buscar as melhores repostas, a partir de evidências científicas, para o tratamento e acompanhamento dos pacientes com chikungunya", destacou o secretário substituto da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Júlio Croda, durante a abertura do evento.
A Rede Replick é um consórcio de estudos clínicos aplicados à chikungunya que envolve 11 centros de pesquisa de nove estados brasileiros (RJ, BA, MS, SP, CE, PE, PR, AM e RR). A Rede é coordenada pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e conta com o apoio do Ministério da Saúde, por meio das Secretárias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE).
INVESTIMENTO EM PESQUISAS
Em julho de 2019, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou três chamadas públicas de pesquisa em doenças transmissíveis e negligenciadas, no valor total de R$ 50 milhões. Esse foi o maior investimento já feito pela pasta nesta temática em um mesmo ano. Foram investidos R$ 24 milhões para pesquisas sobre doenças transmissíveis e negligenciadas; R$ 10 milhões exclusivamente para pesquisas sobre malária; e R$ 16 milhões para estudos destinados à tuberculose.
Além desses recursos, em novembro, o Ministério da Saúde lançou edital US$ 20 milhões, em parceria com a com a Unitaid, para financiar pesquisas em doença de Chagas. Para a Rede Replick foram investidos 9,5 milhões para a pesquisa e 1,8 milhão para estruturação do Biobanco.
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